Foto por NeuroGlider@CansFestival2008
O Reino Unido (RU) é um país protestante em que a rainha é não só a chefe do estado mas também a principal figura da igreija anglicana inglesa. No entanto, o RU tem uma das sociedades em que a ciência e os cientistas têm desempenhado, para o bem e para o mal, um papel fundamental no avanço desta sociedade (por exemplo o Darwin) e onde o agnosticismo e o ateismo ganharam bastante terreno face ás religiões mais representativas e onde existe várias personalidades não crentes e que têm um grande impacto na sociedade e na opinião pública (caso do Richard Dawkins). De facto, a BBC é um dos maiores instrumentos de difusão cientifica e do ateismo racional que eu já conheci.
Apesar disto, também aqui o extremismo religioso, especialmente o cristianismo mas também o islamismo, estendem os seus tentáculos para trazer de novo o obscurantismo religioso. Deste modo, um dos mais altos representantes da ROYAL SOCIETY (a organização científica mais antiga do mundo), que por acaso também é reverendo anglicano, quer que nas escolas públicas a teoria evolucionista desenvolvida por Darwin seja ensinada em paralelo com a crença criacionista de que um suposto deus é que criou o mundo e depois tudo evolui sozinho e em muito menos tempo que a ciência têm vindo a provar consistentemente e de diferentes maneiras!
Eu como cientista não posso deixar de me insurgir contra isto e expôr este desengano. A teoria evolucionista é provada e suportada por factos concretos e validados múltiplas vezes e de maneiras variadas enquanto a crença criacionista é apenas baseada na fé das pessoas que a defendem e até hoje nenhum dos supostos "cientistas" que defendem o criacionismo foi capaz de apresentar provas de que deus existe ou sequer que foi ele que "fez" o Universo!
Digo-vos desde já que a evolução existe e eu já vi provas disso no meu trabalho diversas vezes. De facto, a minha linha de investigação actual aponta de um modo indubitável que deus não existe de todo e que essa personagem não é mais que um espantalho criado para que uns poucos possam governar e manipular os outros todos.
Com isto faço minhas as palavras do maior evolucionista do sec. XX já falecido, Stephen J. Gold,
que argumentava que nem sequer devemos discutir na mesma mesa com os criacionistas pois ciência e religião não podem ser discutidas porque são coisas totalmente diferentes e que ao faze-lo podemos estar a sancionar o criacionismo como uma vertente cientifica verdadeira que não é e nunca será!
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