LIBERTY AND INTERVENTION "The truly revolutionary revolution is the one that occurs inside each and every one of us" [Aldous Huxley]
quarta-feira, maio 25, 2005
Já está!
Ora aí está a verdadeira face do Sócrates a começar a emergir. Hoje, após o anuncio da comissão Constâncio do valor do défice de 6.8%, José Sócrates (JS) tinha a possibilidade de mostrar que tipo de Primeiro Ministro (PM) quer realmente ser. Podia querer ser um PM com verdadeira vontade de mudar a sociedade portuguesa ou enterrá-la ainda mais. Infelizmente JS escolheu a última opção, a mais fácil e que atinge apenas os mais fracos.
Se JS quisesse realmente começar a mudar o estado deste país eis algumas das coisas que ele tinha de fazer:
1) Aumentar os impostos à banca;
2) Criar um sistema por objectivos na função publica. Ou seja, todos os 3 anos eram fixados objectivos a todos os trabalhadores. Ao fim desses 3 anos quem cumprisse os objectivos era prolongado o contrato automaticamente. Quem não cumprisse ou era despedido se a sua função fosse redundante ou então se a função não for redundante, concurso publico para a posição em que o funcionário podia também concorrer. E isto era para aplicar a toda a função pública incluindo directores gerais. Nada mais justo e sem interferência governamental;
3) Acabar com os pagamentos a 90 dias! Todos os serviços entre empresas e do Estado com empresas tem de ser pago em 30 dias! Só assim as pequenas e médias empresas poderão ter dinheiro suficiente para investir em desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias e poderem crescer e ter sucesso no mercado mundial super competitivo existente hoje.
4) Para um verdadeiro choque tecnolágico IVA a 5% para todos os produtos para investigação cientifica;
Isto são apenas algumas das outras soluções que JS podia ter recorrido para combater o défice! Mas não! Ele preferiu penalisar mais uma vez aqueles que são abusados desde sempre neste país, os pobres e a classe média, aumentando o IVA para 21% (mais de 1/5 do valor do produto a comprar!), um imposto que não faz distinção entre rendimentos! Mais acabou com o escalão de 12% do IVA, transitando os produtos sujeitos a esta taxa para 21% e com isto penalisando vários produtos alimentares. Mas não a Coca-Cola (5% IVA) e revistas tipo a Maria (5% IVA).
Mais uma vez, infelizmente, vejo confirmado aquilo que tenho defendido desde sempre neste blog, não vivemos em democracia mas sim numa DITADURA DO MERCADO! Mais uma vez os dirigentes de Portugal continuam a ser fantoches da oligarquia que desde sempre controlou, atrofiou e explorou a maioria da sociedade portuguesa! E curioso, ou talvez mesmo sinal de limitações mentais, a oligarquia usa as mesmas estratégias apenas mudando o pacote, ou seja, apostar na estupidificação, crendice religiosa e futebolistica e uma política de dividir para governar! Tal como eu já tenha dito aqui entre uns e outros venha o diabo e escolha!
quinta-feira, maio 19, 2005
Excelente blog
quinta-feira, maio 05, 2005
Dois blogs para seguir
É a verdadeira face da igreja em acção. Num mundo em que se professa a liberdade, a dita organização que diz promover esses valores á mais tempo que ninguém, mais uma vez mostra do que é feito. Cobiça e conquista do poder a todo o custo!
Exclusivo mundial
O Império contra ataca (II)
Excelente posta no Voto en Blanco sobre as verdadeiras intenções dos neocons americanos sobre a Europa e a suposta "unidade transatlântica" e que tem na Espanha a sua mais expressiva montra.
O imperialismo no seu melhor estilo.
terça-feira, maio 03, 2005
O Império contra ataca
O meu amigo FS enviou-me por mail esta notícia do Expresso que, embora doente, não posso deixar de postar. O Império americano fundamentalista prepara-se para mais um contra ataque. Ora leiam:
"A POLÍTICA americana pode estar prestes a usar uma «bomba atómica». Se isso acontecer, todo o aparelho governamental em Washington DC ficará paralisado.
Em causa está a determinação do Presidente George W. Bush em nomear alguns dos juízes mais conservadores do país para o Tribunal da Relação e a determinação dos democratas em se oporem a ele.
Segundo os termos da Constituição, o Senado tem de aprovar todas as nomeações de juízes. Os republicanos têm uma maioria de 55 contra 45, portanto isso deveria ser fácil. Mas os democratas estão a utilizar um velho método de obstrucionismo chamado «filibuster» para evitar a votação de dez juízes indicados por Bush. Para tornear essa obstrução os republicanos necessitam de 60 votos. Este método é uma velha tradição que contribuiu para que o Senado seja uma força moderadora na política americana.
Os republicanos estão tão furiosos com esta táctica dilatória que já ameaçaram simplesmente abolir o «filibuster». Os democratas avisaram que isso seria o equivalente a recorrer à bomba atómica e ameaçaram retirar toda a cooperação legislativa. O resultado seria o caos.
Al Gore, o ex-senador democrata que, na eleição presidencial de 2000, foi derrubado pela maioria republicana do Supremo Tribunal, avisou, na quarta-feira, que acabar com o «filibuster» seria uma «pílula de veneno» para a democracia. Denunciou a «disposição deles em causar um grave prejuízo à nossa democracia americana com o objectivo de satisfazerem a sua sede de domínio totalitário dos três ramos do Governo».
Poder ameaçado
Alguns analistas avisam que a independência do poder judicial está ameaçada. Chamam a atenção para as recentes declarações de Tom DeLay, o líder republicano e ultraconservador da Câmara dos Representantes: «Nós instituímos os tribunais. Nós podemos destituí- -los. Temos o poder do dinheiro». Por outras palavras, está disposto a travar o financiamento governamental para os tribunais cujas decisões não lhe agradem. Também falou da possibilidade de impugnar juízes.
Por seu lado, o líder republicano do Senado, Bill Frist, juntou-se a um grupo de dirigentes cristãos fundamentalistas, no domingo, que decidiram classificar as acções dos democratas como «uma campanha contra as pessoas de fé». Um dos apoiantes religiosos de Frist, James C. Dobson, disse: «O Congresso pode simplesmente privar de direitos um tribunal. O que têm a fazer é dizer que o tribunal já não existe e tudo fica resolvido».
Alguns dos juízes propostos por Bush estão muito distantes da política convencional. Um deles condenou repetidamente a legislação do «New Deal» do Presidente Roosevelt que, em 1930, lançou os pilares do moderno Estado Social: pensões de reforma e cuidados de saúde para os idosos. Estes preceitos são «socialistas», diz o juiz, e devem ser destruídos. Outro opõe-se a quase todas as normas de protecção ambiental, classificando-as como equivalentes a uma desapropriação da propriedade privada. Um terceiro argumentou no Supremo Tribunal do Texas que os actos homossexuais equivalem à «prostituição, adultério, necrofilia, bestialidade, posse de pornografia infantil e mesmo incesto e pedofilia».
Apesar dos seus receios, os democratas mostraram-se dispostos a aprovar alguns destes juízes, se outros forem retirados. A Casa Branca recusou. A razão é simples: toda a gente em Washington supõe que nos próximos 18 meses ficará um lugar vago no Supremo Tribunal. Os democratas receiam que Bush aproveite a oportunidade para nomear um fanático de extrema-direita e querem recorrer a todas as armas disponíveis para impedir essa nomeação. Os republicanos estão igualmente determinados a garantir que, antes que essa luta comece, o «filibuster» já tenha sido retirado do arsenal dos democratas.
Tony Jenkins, correspondente em Nova Iorque"