quinta-feira, setembro 23, 2004

Para o Paulinho das Feiras e amigos (PP)

Pois é. É para isto que o Paulinho das feiras e os seus acólitos não querem que haja a despenalização do aborto. Para que mais Joanas morram em Portugal. Para que a ignorância continue a fazer as suas vítimas! É a elevada moral cristã destes senhores a falar. A elevada moral cristã do faz o que eu digo e não o que eu faço.
Não deixaram entrar o barco da Women on Waves, gastaram milhares para terem a Marinha Portuguesa toda em peso a controlar um mísero barco, mas não foram capazes de gastar uma fracção para que esta criança não morre-se sob a ignorância daqueles que a deveriam proteger. È para que haja mais situações destas que os senhores do PP querem que o aborto continue ilegal, para poderem tornar a vida de mais crianças como a desta Joana insuportável e terrivel até ao último suspiro das suas vidas.
Deviam era ter vergonha e virem agora a publico declararem-se responsáveis pela morte desta e de outras crianças que mal nascem já estão mortas com os maus tratos e negligência com que vão viver o resto das suas vidas. É impressionante que a Igreija católica agora não diga nada que na sua tão elevada sapiência não faça um comentário. É triste meus caros concidadões ver este tipo de coisas e depois ver os homens que as propagam proclamarem-se como os justos e virtuosos.
O Paulinho das feiras e a restante corja de acólitos têm de compreender que nem todos são como eles e que quem pede a despenalização do aborto não está a obrigar ninguém a nada. É apenas uma questão de liberdade de escolha (e aí é que está a verdadeira democracia. Mas para eles a democracia é mandarem os outros fazer o que eles querem) de quem erra possa não propagar e amplificar esse erro ao ter uma criança para a qual não está nem mentalmente nem financeiramente preparado! Os senhores têm de deixar de olhar para o vosso umbigo e para o vosso círculo social e perceber que as mulheres portuguesas do país real não são como as tias e (ditas) senhoras do jet-set no qual vocês se movimentam. No país real as mulheres não engravidam porque fica bem ou porque se embebedaram ou embeiçaram e cometeram uma loucura com o marido doutrem ou um galã do jet-set qualquer e no dia a seguir arrependem-se ou tentam esconder dos maridos. As portuguesas que vivem no país real não gostam de abortam nem têm prazer em tal. E também infelizmente não tem o dinheiro nem condições para vir a Londres ou á Holanda fazer abortos a clínicas de alta tecnologia.
Espero que esta tenha sido, infelizmente, um exemplo duro mas real do que não permitir o aborto causa ás famílias sem posses monetárias e sem educação e ignorantes demais para tomar decisões a priori sobre planeamento famíliar.
Com o dinheiro de 1 submarino já tinhamos implementado programas de assistência social e planeamento familiar em todos os cantos de Portugal!

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